No
município de Alto do Rodrigues, apenas os profissionais da Educação e da Saúde
dispõem de planos de cargos, carreira e remuneração. As demais categorias
profissionais, cujo trabalho é imprescindível ao funcionamento dos serviços
públicos, já esperam há mais de 10 anos pela implantação de uma Lei que defina
com clareza suas funções, as formas e as condições de admissão, os níveis de
remuneração e as possibilidades de progressão.
As
conversações começaram tão logo foi fundado o SINDISERPAR, no tempo da
Presidente Magnólia Morais. Durante a gestão da Presidente Dalvanira Lemos, as
conversações avançaram para a elaboração de um texto-lei, sob responsabilidade
da assessoria jurídica do sindicato, acompanhado de tabelas salariais, para
subsidiar um Projeto de Lei do Executivo para implantar um Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração dos Servidores Públicos de Alto do Rodrigues. Mas tais avanços
não geraram decisão política de valorizar as diversas categorias profissionais
(ASGs, Auxiliares Administrativos, Auxiliares de Biblioteca, Coveiros,
Eletricistas, Engenheiros, Fiscais, Motoristas e outros), que não dispõem de
direitos iguais aos dos profissionais da Educação e da Saúde.
Tais
categorias têm ficado a mercê de meros acordos verbais, dando-lhes algumas
vantagens, mas que precisam ser renovados de tempos em tempos. É o caso dos
Auxiliares Administrativos e dos Auxiliares de Biblioteca, que, por algum
tempo, receberam o correspondente a um salário-mínimo e meio, mas cujos
proventos se vêm degradando, uma vez que o acordo verbal não é atualizado há
mais de 3 anos. Outra categoria que, de vez em quando, obtém alguma vantagem é
a dos Motoristas, mas sempre em estado precário (sem garantias formais ou
legais) e sempre na dependência das articulações de um grupo com o gestor. As
demais categorias só podem contar o salário mínimo e os quinquênios previstos
na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
No entanto,
depois que a Reforma Trabalhista foi aprovada e entrou em vigor em 2017, até
mesmo os quinquênios estão ameaçados. É o que está fazendo, por exemplo, o
Governo do Estado do Rio Grande do Norte, que tentou destituir os quinquênios
dos servidores públicos estaduais, atitude que não achamos impossível de ser
reproduzidos pelos gestores municipais do território norte-rio-grandense.
É preciso
que estejamos atentos, informados e organizados. Não podemos permitir mais
retrocessos e é necessário que todos os servidores públicos municipais tenham
direito a um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, da mesma forma que os
profissionais da Saúde e da Educação. Direitos iguais para todos e nenhum
direito a menos!
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