CLARA CAMARÃO
Batizada como Clara Filipa
Camarão foi uma indígena brasileira provavelmente da tribo potiguar no bairro
de Igapó na cidade do Natal, então Capitania do Rio Grande (hoje o estado do
Rio Grande do Norte), nascida na metade do século XVII que foi catequizada por
padres jesuítas juntamente com seu marido Filipe Camarão adotando o mesmo
sobrenome que ele. É considerada uma das precursoras do feminismo no Brasil já
que ela rompeu barreiras acabando com a divisão de trabalho da tribo ao se
afastar dos afazeres domésticos, para participar de batalhas junto ao seu
marido durante as invasões holandesas em Olinda e no Recife. Clara também
liderou um grupo de guerreiras nativas na luta contra os holandeses durante a
colonização na cidade Porto Calvo no estado de Alagoas em 1637. Não há registro
do local e data de sua morte.
NÍSIA FLORESTA
Nísia Floresta Brasileira Augusta,
pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, (Papari, RN, atual Nísia Floresta, 12
de outubro de 1810 — Bonsecours, França, 24 de abril de 1885) foi uma
educadora, escritora e poetisa potiguar. É considerada uma pioneira do
feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher a romper os limites
entre os espaços público e privado publicando textos em jornais, na época em
que a imprensa nacional ainda engatinhava. Nísia também dirigiu um colégio para
moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres,
dos índios e dos escravos.
AUTA DE SOUZA
Auta de Souza foi a poetisa
norte-rio-grandense que mais ficou conhecida fora do Estado. Sua poesia, de um
romantismo ultrapassado e com leves traços simbolistas, circulou nas rodas
literárias do país despertando sempre muita emoção e interesse, e foi
fartamente incluída nas antologias e manuais de poesia das primeiras décadas.
Como a maioria dos escritos femininos, sua obra poética deixou-se contaminar
pelas experiências vividas, o que, aliás, não compromete o lirismo e o valor
estético de seus versos.
CELINA GUIMARÃES
Celina Guimarães Vianna: Foi a
primeira eleitora do Brasil, alistando-se aos 29 anos de idade. Com advento da
Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro
estado que estabeleceu que não haveria distinção de sexo para o exercício do
sufrágio. Assim, em 25 de novembro de 1927, na cidade de Mossoró, foi incluído
o nome de Celina Guimarães Vianna na lista dos eleitores do Rio Grande do
Norte. O fato repercutiu mundialmente, por se tratar não somente da primeira
eleitora do Brasil, como da América Latina.
ALZIRA SORIANO
Luíza Alzira Soriano Teixeira foi a
primeira prefeita eleita no Brasil e na América Latina. Tomou posse no cargo em
1º de janeiro de 1929. Viúva, Alzira Soriano disputou em 1928, aos 32 anos, as
eleições para a prefeitura de Lajes, cidade do interior do Rio Grande do Norte,
pelo Partido Republicano, e venceu com 60% dos votos, quando as mulheres nem
sequer podiam votar.
JOANA BESSA
Joana Cacilda Bessa, a primeira
Vereadora do Brasil. Joana nasceu em 26 de Setembro de 1898, filha de José
Marcolino Bessa e Emília Rosa Botão. Ela foi a primeira eleitora de Pau dos
Ferros, um pequeno município de Jaú, e, em 1927, a primeira intendente
municipal. Foi eleita em 2 de setembro de 1928 com 725 votos. Joana Cacilda foi
a primeira mulher do Rio Grande do Norte e do Brasil a se eleger Vereadora, já
que, na época, esse cargo era denominado de Intendente. Faleceu em 01 de
novembro de 1998 aos 102 anos. Cacilda apenas é lembrada como primeira eleitora
de Pau dos Ferros, mas os pesquisadores nunca se aprofundaram na história dessa
mulher, que fez história sendo a primeira Vereadora de nosso País.
MARIA DO CÉU FERNANDES DE ARAÚJO
Maria do Céu nasceu na cidade de
Currais Novos em6 de outubro de 1910 e foi a primeira mulher a ocupar o cargo
de deputada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, e por extensão,
também a primeira deputada estadual mulher no Brasil. Eleita com 12.058 votos,
teve seu mandato cassado em 1937, por discordância das ideias getulistas
durante o Estado Novo.
DONA MILITANA
Militana Salustino do Nascimento,
mais conhecida como Dona Militana (São Gonçalo do Amarante, 19 de março de 1925
— São Gonçalo do Amarante, 19 de junho de 2010) foi uma cantora de versos
brasileira, considerada por muitos a maior romanceira do Brasil.
Na década de 1990, o folclorista
Deífilo Gurgel conheceu os cantos de Dona Militana e permitiu que o país
inteiro conhecesse o talento dela. A romanceira chegou a gravar um CD triplo
intitulado “Cantares”, lançado em São Paulo e Rio de Janeiro. Críticos e
jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a
peculiaridade da voz de Dona Militana. Em setembro de 2005, ela recebeu das
mãos do presidente Lula a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.
ADEMILDE FONSECA
Ademilde Fonseca Delfino (São
Gonçalo do Amarante, 4 de março de 1921 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2012),
mais conhecida como Ademilde Fonseca, foi uma cantora Suas interpretações a consagraram como a
maior intérprete do choro cantado, sendo considerada a “Rainha do choro”.
Trabalhou por mais de dez anos na TV Tupi e seus discos renderam mais de meio
milhão de cópias. Além de fazer sucesso em terras nacionais, regravou grandes
sucessos internacionais e se apresentou em outros países.
Faleceu de infarto fulminante em sua
casa, no Rio de Janeiro, poucos dias depois de completar 91 anos.
DÉBORAH SEABRA
A professora potiguar Déborah de
Araújo Seabra de Moura é a primeira professora com síndrome de Down no Brasil,
segundo a Associação Síndrome de Down do Rio Grande do Norte. Ela é professora
auxiliar de desenvolvimento infantil há nove anos e acaba de publicar o livro
“Déborah conta histórias”, da editora Alfaguara.
Extraído e adaptado de:
https://grupodiversidadepotiguar.wordpress.com/2015/03/04/conheca-10-mulheres-potiguares-que-fizeram-historia/